Centenário do nascimento de Alves Redol
"Vocês, os mais novos, vão encontrar belas coisas para fazer...
Nessa altura, se o merecer, lembrem-se de mim."
Entrevista para o Jornal "República", em 27 de março de 19 63
Alves Redol nasce em Vila Franca de Xira, a 29 de dezembro de 19 11.
“Romancista e dramaturgo, expoente cimeiro do movimento neorrealista em Portugal, cujo início oficial há quem faça coincidir com a edição do seu primeiro romance, Gaibéus (1939), descrição da vida e da luta das gentes do Ribatejo [...]”
in Dicionário Cronológico de Autores Portugueses, vol. IV, Lisboa, 1997.
Testemunhos sobre o escritor e a obra:
"(...) o Alves Redol que abriu um capítulo novo ao nosso romance - o mais rico, decerto e o que mais variedade de vozes ofereceu - e que jamais fez disso galardão. O romancista que, a seguir ao Camilo, apresentou uma maior multiplicidade de temas e que nos deixou o Barranco de Cegos como uma das mais importantes criações da novelística portuguesa."
José Cardoso Pires
"Redol é um dos do povo, mais ilustrado, dormindo já noutros lençóis, lendo todos os livros que a sua inestancável sede de saber cobiça, mas cem por cento fiel à origem, nos gostos, nas opções, nas convicções absolutas."
"O radicalismo de Redol encontra-se nessa investigação do humano (que leva sempre em consideração as relações de trabalho, logo as barreiras de classe), nas investigações a que ele procede de modo cada vez mais fundo, mais rico e complexo, à medida que a sua obra cresce e abrange setores de vida e de consciência cada vez mais amplos."
"Ninguém na literatura portuguesa - nem o nosso Ferreira de Castro, nem os brasileiros Jorge Amado, Amando Fontes ou José Lins do Rego - nos deram tais provas de amor pela gente do povo, porque há qualquer coisa de visceral e de essencial no romancista de Gaibeús."
Urbano Tavares Rodrigues
"(...) uma obra notável sob vários aspetos: autencidade, fôlego, importância histórico-literária."
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